É o método mais comum de esterilização permanente masculina. O paciente deve ser informado sobre os riscos e benefícios, taxa de falha e alternativas ao método. São candidatos a vasectomia os pacientes maiores que 25 anos ou que tenham dois filhos vivos. Atualmente, há um projeto de lei de 2020 para redução da idade mínima para 21 anos e um outro projeto de 2021 para redução da idade mínima para 18 anos ou com pelo menos 1 filho vivo .
Antes do procedimento, o paciente deve ser examinado para avaliação da presença dos vasos deferentes e dos testículos ou presença de alterações anatômicas.
A vasectomia geralmente é realizada com sedação e o paciente tem alta hospitalar no mesmo dia. Casos selecionados podem precisar de outras anestesias.
Durante o procedimento, um segmento do canal deferente é retirado, os cotos são cauterizados, ligados e é realizado uma interposição de fáscia para reduzir as chances de complicações e falhas.
Cuidados pós-operatórios incluem suspensório escrotal, aplicação de gelo local e repouso relativo nos primeiros dias. Atividade sexual deve ser evitada na primeira semana e um método de contracepção deve ser utilizado até comprovação de ausência de espermatozoides pelo espermograma após o procedimento (após 2-3 meses).
Hematoma local é a complicação mais comum (0,1-2% dos casos). O procedimento não altera a libido ou desempenho sexual.
A vasectomia pode ser revertida com técnica microcirúrgica e consiste na reconstrução do vaso deferente. O sucesso gira em torno de 50-70%, dependendo principalmente do tempo da vasectomia.

Dr Saulo Teles
Urologista
CRM-SP 178.337 l RQE 93.595
Urologista pelo Hospital Albert Einstein, com especialização em Uro-Oncologia e Cirurgia Robótica.