É uma redução do calibre na junção entre o ureter (canal que liga o rim à bexiga) e a pelve renal (JUP), levando a um prejuízo na saída da urina do rim, resultando em hidronefrose (acúmulo de urina na pelve renal).
Epidemiologia: é a causa mais comum de hidronefrose antenatal (identificada por ultrassom).
Etiologia: Pode ser de causa congênita (mais comum) ou adquirida. Quando congênita, a causa mais comum é por estenose intrínseca da junção uretero-piélica. Pode ainda ser causada por uma artéria renal polar acessória que cruza a JUP, levando à uma compressão extrínseca.
Sintomas: A maioria dos casos é diagnosticada após o nascimento, decorrente de uma hidronefrose identificada durante a gestação. A criança pode apresentar com uma massa abdominal palpável, infecções urinárias e sangramento na urina. Na criança mais velha, a apresentação mais comum é dor em flanco intermitente.
Diagnóstico: Realizado por exame de imagem e cintilografia renal com diurético. O paciente deve ser avaliado para excluir outras causas de hidronefrose como refluxo vesico-ureteral, megaureter congênito, ureterocele, ureter ectópico ou rim multicístico.
Tratamento: Objetiva preservar a função renal e evitar quadros de dor. A abordagem antes do nascimento geralmente não é necessária. Em pacientes sintomáticos (geralmente crianças mais velhas e adolescentes), a intervenção cirúrgica para alívio da obstrução geralmente é necessária. A cirurgia para correção da Estenose de JUP é a Pieloplastia, podendo ser realizada principalmente por videolaparoscopia e por cirurgia robótica). Em pacientes assintomáticos, em alguns casos é possível realizar seguimento do paciente, atentando-se para preservação da função renal.


Dr Saulo Teles
Urologista
CRM-SP 178.337 l RQE 93.595
Urologista pelo Hospital Albert Einstein, com especialização em Uro-Oncologia e Cirurgia Robótica.